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Castro faz nova ofensiva pelo comando do PL no Rio e demite aliados de presidente da sigla

Governador pretende se reunir nesta semana com cúpula do partido para cobrar substituição de Altineu Côrtes, que se articula com bolsonaristas para seguir à frente do diretório estadual

O governador do Rio, Cláudio Castro, prepara uma nova ofensiva em busca do comando estadual do PL, partido pelo qual se reelegeu ao Executivo fluminense no ano passado. Castro pretende se reunir na próxima sexta-feira com o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, para exigir mudanças no diretório regional, presidido pelo deputado federal Altineu Côrtes (RJ). Ligado a Valdemar, que é aguardado para inaugurar o diretório do PL em Niterói na sexta, Altineu se articula também com a ala bolsonarista do partido para rechaçar o movimento do governador.

Na semana passada, Flávio, Altineu e Valdemar se reuniram em Brasília para alinhar a preparação do PL para as eleições municipais de 2024, e o deputado foi referendado no comando do diretório estadual. Líder do PL na Câmara, Altineu tem feito acenos a parlamentares alinhados ao bolsonarismo. A vinda de Valdemar para empossar o deputado Carlos Jordy na presidência do PL em Niterói, por exemplo, é costurada também como forma de chancelar seu nome para concorrer à prefeitura local em 2024, movimento que não agrada o governador.

Na manhã desta segunda-feira, em outra articulação que contraria intenções de Castro, o general Walter Braga Netto se reunirá com deputados do PL na capital fluminense. Braga Netto, secretário nacional de Relações Institucionais da sigla, busca se aproximar de integrantes do PL no estado e vem sendo cotado como candidato à prefeitura do Rio em uma chapa puro-sangue. Já o governador quer lançar um aliado, Dr. Luizinho (PP), com a presença do PL como vice na chapa.

Reservadamente, integrantes do PL afirmam que desejam a permanência do governador no partido, mas uma desfiliação está no radar. No sábado, Castro disse ao colunista do GLOBO Lauro Jardim que a atual direção do PL no Rio é “antidemocrática”. O governador ameaçou deixar o partido após a briga na eleição da Alerj, mas depois recuou. Aliados de Castro tentam apaziguar a situação, sob o argumento de que o governador não precisa fazer uma troca partidária agora — ele só disputará uma eleição novamente em 2026, quando pretende concorrer ao Senado.

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