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Conselho Regional de Medicina pede explicação sobre caos na saúde de Niterói

Apesar de problemas serem notado há anos, secretária municipal afirmou que a questão foi “pontual”

A Comissão de Saúde Pública do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ) enviou, no dia 2 de março, um ofício para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Niterói, “expressando preocupação com a atual situação das unidades de saúde no município.”

Em nota, o CREMERJ também afirmou que pediu providências à secretaria da administração de Axel Grael.

“Vários relatos mostram que o pagamento de salários de médicos servidores contratados por meio de RPA, referente ao mês de janeiro de 2023, teve desconto sem justificativa. Além disso, até o momento, não foi prestada informação sobre a previsão de regularização da situação”, afirmou o Conselho.

No dia 27 de fevereiro, Yuri Salles e Antônio Werneck, conselheiros do CREMERJ da Comissão de Saúde Pública, realizaram uma reunião online com a secretária municipal de Saúde de Niterói, Anamaria Schneider, e dois representantes da Fundação Municipal de Saúde para tratarem sobre as questões envolvendo as unidades de saúde da cidade.

A secretaria de saúde, justificou que o problema ocorreu devido a um problema orçamentário do mês e que foi pontual. De acordo com o Conselho, na reunião Anamaria Schneider, ainda garantiu que não haverá demissão de médicos nem redução ou atraso salarial para os profissionais.

O Conselho, por sua vez, afirmou que observa um risco de colapso do sistema de saúde da cidade, sobretudo dos serviços de urgência e emergência, em que este formato de vínculo empregatício (RPA) é a maioria entre os profissionais.

“Há um histórico em Niterói de atraso salarial dos médicos e dos demais profissionais de saúde, por isso estamos preocupados. As unidades de saúde estão superlotadas e há falta de profissionais para atender os pacientes. Se houver demissões, obviamente, o caso irá piorar. Atualmente, a situação já é bastante grave e precisa ser solucionada. Esse ofício é mais uma forma de chamar a atenção para o problema e vamos continuar acompanhando os desdobramentos. Não podemos deixar nossos colegas desamparados nem a população desassistida”, destacou o conselheiro Yuri Salles.

Apesar da secretaria municipal ter afirmado que o problema é “pontual”, há anos diversas reclamações sobre as unidades de saúde são recorrentes, especialmente quanto à estrutura, número de pessoal e falta de insumos básicos para o tratamento de pacientes.

No ano de 2022 a situação se agravou, pois além dos diversos problemas, os profissionais passaram vários meses com salários atrasados e sofreram com a redução, sem prévia justificativa.

A Prefeitura ou a Secretaria de Saúde ainda não se manifestaram publicamente sobre as questões.

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