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Heloisa Erthal

Crise no transporte público de Niterói pode resultar em menos ônibus nas ruas em 2024

Atraso no pagamento do 13º salário, disputa com a prefeitura acerca dos repasses de gratuidade e projeto de lei travado estão entre os problemas enfrentados pelo setor



Niterói enfrenta a possibilidade de uma redução significativa no número de ônibus em circulação a partir de 2024, conforme alerta o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj). Diversos problemas, incluindo atraso no pagamento do 13º salário, disputa com a prefeitura sobre repasses de gratuidade e um projeto de lei travado, contribuem para o impasse no setor.


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Rodoviários de duas empresas, Auto Ônibus Brasília e Expresso Barreto, ameaçam entrar em greve devido ao atraso no pagamento do 13º salário. O Setrerj destaca que, a partir de janeiro de 2024, a cidade pode enfrentar uma redução no número de ônibus em circulação e um aumento no intervalo entre os horários das linhas, caso a proposta de subsídio não seja aprovada antes do recesso da Câmara dos Vereadores.


A entidade sindical acusa a prefeitura de Niterói de continuar em dívida no repasse da verba das tarifas de gratuidade, enquanto a administração municipal refuta tais alegações, afirmando que os repasses foram realizados. As negociações entre as partes têm sido morosas, e a Justiça solicitou uma revisão da proposta de pagamento apresentada pelo Executivo.


O Setrerj critica a demora da prefeitura em aprovar um subsídio para o setor, enquanto destaca a urgência da situação financeira das empresas de ônibus. O aumento recente nos salários dos rodoviários sem uma solução equilibrada do sistema intensifica a pressão para o início do próximo ano.


Além disso, a esperança dos empresários reside na aprovação de um projeto de lei sobre subsídios, que tramita há sete meses na Câmara. Contudo, o vereador Daniel Marques (União Brasil) considera esse caminho improvável, apontando para o debate interno na Casa Legislativa sobre a atribuição da medida e a falta de embasamento técnico no texto da prefeitura.


Apesar dos esforços, a resolução do impasse parece distante, aumentando as preocupações para o primeiro trimestre do próximo ano.

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