Caio Castro Benício, o entregador brasileiro que impediu um ataque em Dublin, vê sua ação como símbolo de esperança para imigrantes na Irlanda.
O entregador brasileiro Caio Castro Benício, de 43 anos, que bravamente interveio em um ataque a uma escola em Dublin, Irlanda, recebeu um pedido de desculpas do primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, em meio a manifestações xenofóbicas que se seguiram ao incidente.
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O ataque, ocorrido na semana passada, deixou cinco feridos, incluindo três crianças. Caio, ao se deparar com a cena, não hesitou em agir, utilizando seu capacete para conter o agressor, posteriormente identificado como estrangeiro.
Varadkar agradeceu pessoalmente a Caio, expressando vergonha pelos atos xenofóbicos que se seguiram ao incidente. Caio, por sua vez, vê sua imagem como uma fonte de esperança para a população imigrante na Europa, afirmando:
"Não posso pensar só em mim agora. Nesse momento muito polarizado, a minha imagem está servindo de esperança para essa população que sofre tanto, e isso está ajudando no dia a dia deles."
O incidente desencadeou uma série de protestos em Dublin, resultando na prisão de 34 pessoas durante manifestações anti-imigração. Uma vaquinha foi iniciada para Caio, inicialmente com a meta de 200 mil euros, mas já ultrapassando os 258 mil euros até a noite da última sexta-feira.
Caio, que trabalha como entregador, detalhou a situação, explicando como agiu ao testemunhar a briga na calçada:
"Eu estava passando em frente a uma escola quando eu vi uma briga na calçada. Eu achei, a princípio, que fosse uma briga normal com um homem e uma mulher. Depois eu fiquei sabendo que ela era professora da escola. Eles estavam brigando e puxando uma garotinha."
Apesar de o governo não considerar o incidente um ato de terrorismo, as investigações sobre as motivações do crime ainda estão em andamento. Caio, cuja ação heroica foi essencial para evitar uma tragédia ainda maior, é agora visto como um símbolo de coragem e solidariedade na Irlanda.
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