Fila começou a se formar bem cedo nesta sexta-feira (12)
Funcionários de supermercados de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, enfrentam uma longa fila na manhã desta sexta-feira (12) para conseguirem cancelar a taxa cobrada pelo Sindicato dos Empregados no Comércio de Gêneros Alimentícios (Secgal) nos contracheques.
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Muitos chegaram à porta da unidade, que fica no bairro Trindade, na noite de quinta (11) para tentarem garantir agilidade no processo. Contudo, a principal reclamação é que todos foram avisados a curto prazo de que o cancelamento será feito somente até o fim do dia.
A operadora de frente de loja Ana Cristina Vieira, de 49 anos, foi a primeira pessoa a chegar na porta do sindicato, ela, que mora no Gradim, chegou às 23h de quinta (11) no local.
"Vou tirar o desconto do contracheque, eu já tenho plano de saúde e não tenho filho pequeno, moro sozinha" Diz Ana Cristina Vieira, operadora de loja
“Ficamos sabendo que para cancelar é somente até hoje, fomos avisados ontem, como pode isso? É um absurdo total”, contou o operador de caixa Cláudio Santos, morador do Jardim Bom Retiro
A operadora de laticínios Carla Moraes, saiu do Baldeador, e chegou de madrugada. Ela se surpreendeu com o tamanho da fila que já estava formada.
"É muita humilhação, largamos os filhos em casa, ficamos debaixo de chuva e ainda teremos que ir trabalhar, cheguei aqui às 4h50. Tem gente que nem tomou café", desabafou.
Para enfrentar a fila, muitas pessoas foram preparadas, com garrafas de café, guarda-chuva e até mesmo cadeira, como foi o caso da operadora de cartão Chaiana Cristina.
“Tem que vir preparada porque o descaso aqui está tremendo. O prazo foi de dois dias para a gente poder tirar o desconto. Ninguém avisou a gente direto, não passaram informação, nada pra gente, isso é um descaso com o trabalhador”, disse.
O sindicato abriu as portas às 9h. Acompanhado de um segurança, um funcionário distribuiu senhas para as pessoas que aguardavam. Segundo um funcionário, não teria como falar com o responsável do local.
Em setembro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a legalidade da contribuição assistencial para custear o funcionamento de sindicatos. O caso específico julgado pela Corte trata da possibilidade de cobrança nos casos de trabalhadores não filiados aos sindicatos e de forma obrigatória por meio de acordo e convenção coletiva de trabalho.
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