top of page
Heloisa Erthal

Indecisão do PL em Maricá beneficia Quaquá na corrida a Prefeitura

A convenção do PL em Maricá está marcada para manhã (31), mas a falta de consenso e indefinição fortalece o domínio petista nas eleições municipais de outubro



Em meio às articulações políticas para as eleições municipais de 2024, a direita bolsonarista em Maricá continua sem uma definição clara de quem será o candidato a prefeito. A cada momento, um novo nome surge como possível concorrente, mas a falta de consenso dentro do Partido Liberal (PL) só tem fortalecido o cenário para o atual domínio do PT na cidade.


Participe do nosso grupo no WhatsApp clicando aqui


O primeiro nome ventilado foi o de Ricardinho Netuno, vereador de mandato e uma das principais vozes da oposição na Câmara de Vereadores. Ricardinho parecia ser a escolha óbvia para enfrentar Quaquá, um dos líderes mais influentes do PT no estado. No entanto, apesar dos esforços de Ricardinho para se firmar como "O NOME" para a disputa, ele não conseguiu a unanimidade dentro da cúpula do PL


Em março, durante a visita de Jair Bolsonaro a Maricá, Ricardinho esperava que o ex-presidente anunciasse seu nome como o candidato oficial da direita para enfrentar o PT na cidade. Para sua decepção, isso não aconteceu. Além disso, Ricardinho também não foi nomeado para dirigir o PL em Maricá, evidenciando que sua influência dentro do partido é limitada.


Ricardinho Netuno, vereador do PL em Maricá

Nesse contexto de incertezas, surgiu Fabinho Sapo, um ativista local e pessoa de confiança de Marcelo Delaroli, prefeito de Itaboraí e comandante do PL na região. Fabinho Sapo foi candidato a vereador em 2020, obtendo 460 votos, e também atuou como assessor de Filippe Poubel. A convenção do PL acontece amanhã (31) e o nome do opositor de Quaquá terá que ser definido e tudo indica que Fabinho Sapo será o escolhido para a disputa.


A questão agora é se Fabinho Sapo terá tempo hábil para se tornar um nome forte e viável para a disputa. Com a campanha começando em 16 de agosto, o tempo está correndo contra a direita de Maricá. A falta de definição e organização só fortalece ainda mais o PT e a candidatura de Quaquá.


Maricá vem sofrendo há anos com o governo do PT, que consolidou um sistema fortemente aparelhado, dificultando a vida de qualquer candidato de oposição. A vitória de Bolsonaro na cidade em 2022 demonstrou o viés conservador dos eleitores locais, algo que deveria ter sido mais bem explorado pelo PL nos últimos dois anos. Infelizmente, o partido não conseguiu investir em políticos locais nem preparar nomes fortes para a eleição de 2024.


Fabinho Sapo, possível candidato do PL para a prefeitura de Maricá

Quaquá, deputado federal, não só conta com a máquina pública e recursos financeiros, mas também com a inércia do PL, que parece perdido em suas próprias indecisões. Para a direita bolsonarista de Maricá, o tempo é curto e a necessidade de uma definição clara e de um planejamento estratégico é urgente, se quiserem realmente desafiar o domínio petista na cidade.


Enquanto os bastidores fervem, a população de Maricá aguarda ansiosa por um candidato que possa representar a direita. Resta saber se irão conseguir se organizar a tempo para oferecer uma alternativa viável e competitiva nas próximas eleições.

Comments


bottom of page