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Juliana Torres

'Justiceiros' criam grupos para ‘caçar’ ladrões em Copacabana

Em grupos de rede social, integrantes definem como adeptos devem se vestir, esconder tatuagens e levar 'máscaras de Covid' para tapar rosto. Praticantes de jiu-jítsu também se mobilizaram



Moradores de Copacabana dizem ter chegado ao limite e deram início a uma ação coordenada para “caçar” assaltantes que aterrorizam o bairro. O grupo é composto essencialmente por lutadores, sobretudo de Jiu-Jítsu, mas conta também com o apoio de não adeptos de artes marciais.


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O sentimento de revolta atingiu o ápice após um idoso de 67 anos ser espancado e desmaiar ao tentar socorrer uma mulher cercada por ladrões. Imagens do hematoma no rosto do empresário Marcelo Bechimol [na foto em destaque] correram toda a Zona Sul carioca nesta terça-feira (5/12) e motivaram o movimento justiceiro.


“Rondas” em busca de ladrões já começaram a ser feitas em Copacabana, e um encontro presencial marcado para sexta-feira (8/12) terá como objetivo expandir e definir a atuação do grupo, segmentando o “patrulhamento” por ruas.



Os justiceiros planejam flagrar assaltantes e agredi-los até que necessitem ser hospitalizados. Uma forma de “passar o recado” de que, agora, a polícia não será a única preocupação dos ladrões.


A coluna teve acesso a um dos grupos em que a caça aos assaltantes é planejada: “A parada é sentar o sarrafo no fim de semana. Quebrar uns 10, deixar hospitalizado, que aí dão um jeito de meter o Exército nos pontos de ônibus e para a bagunça. Tem que ser algo de volume”, escreveu um dos integrantes do movimento.

Em seguida, o próprio lembrou que a atuação não é respaldada por lei e pode gerar problemas ao grupo.


“Mas lembrem que hoje tem câmera para tudo o que é lado, e temos uma sociedade podre que defende esses bandidos”.


Ou seja: Copacabana tende ganhar ares de praça de guerra caso justiceiros e assaltantes fazendo arrastão fiquem frente à frente. Um triste símbolo da falência do poder público em pleno coração turístico do Brasil.


“Por mim, ia ser no tiro”


Um outro integrante do grupo de justiceiros escreveu:

“Geração perdida! Judiciário e direitos humanos fantasiam um mundo utópico onde planejam recuperar esses cidadãos. A questão é, recuperar como? Não dá para ajudar quem não quer ser ajudado. E a partir do momento que o Estado é ineficaz e omisso, cabe à população se proteger”.
“Copacabana está entregue à própria sorte. Esse negócio de mídia só vai dizer que eles são vítimas e nós preconceituosos. Eu já cheguei ao meu limite, por mim ia ser no tiro para não dar chance de serem soltos. Eles têm certeza que seus furtos e roubos vão dar em nada”.

Abrangente, o movimento conta com a adesão também de mulheres. Uma delas escreveu:

“Não acho que só os lutadores têm que pôr a cara a tapa… acho que todos que têm interesse em poder andar sem terror no bairro tinham que ao menos fazer número e apoiar os lutadores. Se vierem prender a gente, [temos que] fazer muito protesto!”.

1 comentário


aldemarfurtado
06 de dez. de 2023

Como fazer para entrar no grupo?

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