Equipamento levado é essencial para que a criança consiga realizar os tratamentos médicos
Um ladrão invadiu uma residência na Rua Aníbal Costa, em Rocha Miranda, Zona Norte, e furtou a cadeira de rodas de uma menina com paralisia cerebral. O equipamento estava na varanda da casa e é essencial para que a criança, de 9 anos, realize seus tratamentos médicos.
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Imagens das câmeras de segurança flagraram o criminoso carregando a cadeira de rodas pelas ruas do bairro. A ação, que ocorreu na madrugada de sexta-feira (29), gerou revolta na família e nos vizinhos. Em uma publicação nas redes sociais, a tia da menina fez um apelo:
"Roubaram a cadeira de rodas da minha sobrinha de quinta para sexta de madrugada depois de uma hora da manhã. Ela precisa da cadeira para fazer seus tratamentos que são bem longe de casa. E infelizmente um ser sem piedade e alma acabou roubando o meio de locomoção dela. Peço a todos que viram ou souber onde foi vendida que por favor nos avise".
O drama da família é ainda mais doloroso para sua avó, Luciana Gomes, que cuida da neta sozinha. Além da menina, ela também se dedica ao neto de 8 anos, que tem autismo e epilepsia. O furto da cadeira de rodas não impactou apenas a mobilidade da criança, mas também trouxe uma sobrecarga para Luciana, que tenta equilibrar os cuidados com ambos os netos.
"Eu tenho ela e o irmão dela que é autista. Os dois moram comigo, sou eu e eles. Ela é tetraplégica, então a cadeira é muito útil pra ela, a vida dela é essa cadeira. Ela tem duas cirurgias de quadril, e para que isso não venha a ficar pior, o médico fez uma adaptação. Teria que ser uma cadeira adaptada para ela, o que é mais difícil de conseguir", desabafou Luciana
A cadeira roubada foi conquistada há apenas um ano e meio, pouco depois da menina ter passado por duas cirurgias delicadas. "Ela ganhou no posto de saúde depois das cirurgias de quadril e ainda adaptaram para ela. A cadeira era novinha, eles tiraram da caixa e me deram. Isso é muito triste", lamentou.
No momento, a menina está utilizando um carrinho de bebê emprestado, que não oferece o suporte adequado. Luciana ressalta a importância da cadeira na vida ativa que proporciona à neta: "Apesar da paralisia, eu faço a vida dela ser bem ativa. Não é porque tem paralisia que vai ter que ficar olhando para o teto. Eu levo ela para padaria, parque, festa, tudo".
Agora, sem a cadeira, a preocupação é que a menina passe a maior parte do tempo deitada, prejudicando sua saúde e qualidade de vida. "Ela precisa sentar por pelo menos três horas por dia para manter a postura e ir fazer o tratamento", explicou a avó.
A Polícia Militar informou que não foi acionada. A família tem expectativa de que o equipamento seja recuperado rapidamente, para que a criança retome suas rotinas de tratamento.
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