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Heloisa Erthal

MARICÁ: Deputado do PT e secretários viram réus em caso de propina na construção de hospital

Dez pessoas foram denunciadas por associação criminosa, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.


Na foto: Quaquá (PT), deputado federal e ex-prefeito de Maricá junto com Renato Machado (PT), deputado estadual


No centro de um escândalo de corrupção, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) lançou uma bomba contra figuras proeminentes do Partido dos Trabalhadores (PT). A denúncia, que abala as estruturas da política local, recai sobre o ex-secretário de Governo de Maricá e atual deputado estadual Renato da Costa Machado, juntamente com outros membros do PT e indivíduos ligados à administração municipal.


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As acusações são graves e incluem uma lista de crimes que vão desde associação criminosa até falsidade ideológica. O centro do escândalo é o desvio de recursos públicos destinados à construção do Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara.


O montante originalmente destinado à obra, quase R$ 44 milhões, foi inflacionado por meio de termos aditivos obscuros, totalizando quase R$ 48 milhões.


A denúncia do MPRJ foi aceita pela Justiça, destacando a seriedade das acusações contra Renato da Costa Machado e seus aliados. Entre os acusados, estão figuras-chave da administração municipal, incluindo o secretário de Planejamento, Leonardo Alves, e outros servidores públicos.


O Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) revelou uma teia de corrupção que envolveu uma série de indivíduos, incluindo empresários e servidores públicos. A construtora Ghimel, responsável pela construção do hospital, é acusada de pagar propinas substanciais a agentes públicos em troca de favorecimento em contratos.


Os promotores afirmam que a corrupção começou logo após a contratação da empresa em 2016, com pagamentos ilegais de até 6% do valor total da obra. Os detalhes incluem reuniões no próprio canteiro de obras do hospital, revelando a ousadia dos envolvidos.


O ex-secretário de Obras de Maricá, Marcos Câmara Rebelo, é apontado como o arquiteto por trás das demandas de propina, estabelecendo uma relação corrupta entre a Ghimel e os agentes públicos. A investigação também revela que os pagamentos de propina foram disfarçados como uma locação fictícia de máquinas e equipamentos, em uma tentativa desesperada de legitimar suas atividades criminosas.


A denúncia enfatiza que os valores indevidos foram lavados através de transações obscuras, evidenciando a complexidade do esquema. O valor total dos desvios e a dimensão do prejuízo aos cofres públicos ainda estão sendo calculados, mas as estimativas preliminares sugerem uma cifra alarmante.



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