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MPF pede a cassação da chapa do Claudio Castro Governador do Rio de Janeiro

Governador do Rio de Janeiro reconheceu erros na condução do Ceperj mas disse que espera um rápido arquivamento do processo.

O governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse que não viu “grandes provas” na denúncia de 89 páginas apresentada pela Procuradoria Regional Eleitoral que pede a cassação da chapa dele, vencedora nas eleições deste ano. No documento, o Ministério Público traz provas do que acredita ter sido um “arranjo estruturado para o cometimento das práticas de abuso de poder político e econômico, com inequívoca interferência sobre o processo eleitoral”.

“A 70 dias do pleito, todas as pessoas estavam demitidas. Eu respondi sobre isso em todos os debates, todas as sabatinas e todas as entrevistas. Eu fui acusado em todos os programas eleitorais, então eu não consigo acompanhar vantagem eleitoral que isso tenha me dado que a procuradora da República acha. Ao contrário, se eu for acusado é de prejuízo eleitoral. O que eu apanhei disso não tá no gibi”, disse Castro em um evento fechado a jornalistas no Palácio Laranjeiras, residencial oficial do governador.

O governador se disse “tranquilo” com a ação e afirmou que é direito do MP denunciar. Disse ainda que, quando soube das irregularidades, tomou “todas as ações pra corrigir”.

“A tendência é ser arquivado mais rápido do que se parece porque quem leu a inicial é muito ‘eu disse’, ‘eu sabia’, ‘eu fiz’, não vi nada de grandes provas ali, sobretudo de coisas eleitorais”, afirmou Castro.

A base da denúncia do MP Eleitoral é o que eles chamam de “contratação exacerbada” de servidores e funcionários temporários especialmente no ano de 2022, em dois órgãos do governo, a Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Ceperj), e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Chamou atenção do MP o volume de saques em dinheiro na boca do caixa em agências onde foram feitos os pagamentos e a ligação dos beneficiários desses valores com partidos políticos e candidatos da chapa de Castro.

O MP aponta que identificou 13 dirigentes de diretórios nacionais e 30 dirigentes de diretórios estaduais de partidos com vários saques nos meses de janeiro a junho, além de 1.040 pessoas vinculadas aos diretórios estaduais de vários partidos, dos quais a maioria compõe a coligação do governador, inclusive 79 candidatos não eleitos nas eleições de 2018 e até pessoas falecidas.

Mais cedo, a Coligação Rio Unido e Mais Forte, que foi encabeçada por Castro disse apresentaria esclarecimentos à Justiça Eleitoral “para comprovar a conduta idônea da chapa eleita no pleito ao Governo do Estado”. Acrescentou ainda em nota que “o governador Cláudio Castro e o vice-governador eleito, Thiago Pampolha, estão seguros de que todos os pontos levantados serão respondidos a fim de confirmar a lisura da chapa no processo eleitoral”.

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