Rodrigo Neves inicia “dança das cadeiras” na Câmara de Niterói

Prefeito eleito promove articulações para acomodar aliados. Entenda

Niterói já começa a sentir os impactos da eleição de Rodrigo Neves (PDT) com uma série de movimentações políticas que devem alterar significativamente a composição da Câmara de Vereadores. Anunciadas pelo prefeito eleito, as mudanças levantam dúvidas sobre as reais intenções e a eficiência dessa troca de cadeiras.

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Rodrigo Neves, conhecido por sua habilidade em articular bastidores políticos, confirmou que diversos parlamentares eleitos serão deslocados para ocupar secretarias municipais. Críticos apontam que essa estratégia não apenas favorece aliados, mas também compromete a representatividade do voto popular.

Andrigo (PDT), atual líder do governo, deixará sua cadeira para assumir o cargo de administrador regional da Zona Norte. No entanto, a vaga na Câmara será ocupada por Raphael Costa, suplente que, se seguir o mesmo caminho para o Executivo, abrirá espaço para Adriano Boinha, atual vereador e aliado político estratégico. O novo líder do governo na Câmara será Binho Guimarães, vereador do PDT reeleito.

Outra mudança é a nomeação de Leandro Portugal (MDB) para a secretaria do Meio Ambiente. O suplente Casota assumirá sua vaga, mas a transição já é vista com desconfiança por setores que questionam a qualificação técnica e os interesses políticos envolvidos.

O vereador Zaf (União) voltará ao secretariado, ficando à frente da pasta do Idoso. Com isso, Dr. Emanuel Rocha, atual vereador e suplente, permanecerá na Câmara, consolidando o espaço de seu grupo político.

Leonardo Giordano (PCdoB) retorna à secretaria municipal das Culturas, mantendo o protagonismo da esquerda na gestão Neves. Sua vaga será ocupada por Fael (PV), integrante da Federação Brasil da Esperança, que reúne partidos como PT e PV. Essa movimentação reforça a presença de siglas alinhadas ao projeto ideológico de Neves.

As mudanças anunciadas por Rodrigo Neves trazem à tona o velho questionamento sobre o uso da máquina pública para acomodar aliados políticos. Enquanto a cidade enfrenta desafios em áreas como saúde, segurança e infraestrutura, o prefeito eleito parece mais preocupado em fortalecer sua base de apoio no Legislativo, deixando em segundo plano as demandas reais da população.