Confrontos Diretos e Críticas Acirradas Marcam o Primeiro Debate da Band, Com Segurança Pública e Gestão Municipal no Centro das Discussões
O primeiro debate entre os pré-candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro para as eleições de 2024 foi realizado nesta quinta-feira (8) pela Band, reunindo cinco concorrentes ao cargo já confirmados em convenções partidárias: o prefeito Eduardo Paes (PSD), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), o deputado estadual Marcelo Queiroz (PP), o deputado federal Rodrigo Amorim (União Brasil) e o deputado federal Tarcísio Motta (Psol).
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A seleção dos participantes seguiu o critério estabelecido pela legislação eleitoral, que exige que o partido, coligação ou federação tenha pelo menos cinco parlamentares no Congresso Nacional.
Como de costume, a Band abriu a série de debates eleitorais. No Rio de Janeiro, o evento foi mediado pelo jornalista João Paulo Vergueiro, com os jornalistas Vinícius Dônola, Yasmin Bachour e Carlos Andreazza fazendo as perguntas aos candidatos.
Embora a polarização nacional entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha surgido de forma mais contida, ela foi percebida nos momentos em que Eduardo Paes evitou mencionar Lula, enquanto Ramagem tentou vincular o prefeito ao presidente, chamando-o de “soldado” de Lula. A tônica das críticas se voltou principalmente contra a gestão atual de Paes, com foco em segurança pública, infraestrutura e mobilidade urbana.
Segurança Pública no Centro do Debate
O tema da segurança pública dominou o primeiro bloco do debate, com Ramagem questionando as ações do prefeito para reduzir a violência e o investimento no plano de segurança formulado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em resposta, Paes destacou que, embora o município possa auxiliar, a principal responsabilidade é do governo do Estado, liderado por Cláudio Castro (PL), aliado de Ramagem.
Ramagem contra-atacou, argumentando que a segurança pública também é de responsabilidade do município e acusou Paes de lavar as mãos e culpar apenas os governos estadual e federal.
Troca de Acusações e Ofensas
O deputado Rodrigo Amorim se destacou pelas críticas incisivas contra Eduardo Paes, chamando-o de "filho ingrato de Cabral", "nervosinho" e "pai da mentira". Amorim, aliado do ex-governador Sérgio Cabral, que foi preso durante a operação Lava Jato, acusou Paes de agir arbitrariamente em decisões importantes para a cidade.
Críticas Conjuntas e Respostas
Os candidatos também se uniram em críticas ao atual prefeito. Marcelo Queiroz criticou os gastos com o BRT e o empréstimo para a Companhia de Água e Esgoto do Estado do Rio de Janeiro (Cedae). Tarcísio Motta seguiu com críticas sobre a execução de obras não concluídas, enquanto Ramagem apontou a falta de integração do transporte público como um dos problemas ignorados pela gestão atual.
Paes, por sua vez, defendeu suas ações e acusou Ramagem e Amorim de desejarem acabar com o BRT, rebatendo as acusações com pedidos de direito de resposta.
Formato do Debate
O debate foi estruturado em três blocos, com confrontos diretos entre os candidatos, perguntas dos jornalistas e considerações finais. O embate marcou o início de uma disputa acirrada que promete intensificar-se à medida que as eleições se aproximam.
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