O Partido Liberal (PL), sigla do presidente Jair Bolsonaro, realizou na tarde desta quarta-feira (23) uma coletiva de imprensa para explicar o relatório e representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para anular votos de cerca de 280 mil urnas eletrônicas usadas no segundo turno das eleições, no último dia 30 de outubro.
O documento foi entregue ontem (22) ao TSE. Poucos minutos depois, o presidente do tribunal, ministro Alexandre de Moraes, determinou o prazo de 24 horas para que o partido fizesse o aditamento da petição na qual pede a anulação de votos das eleições.
Na coletiva desta quarta-feira, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, evidenciou que a sigla não tem como objetivo anular o pleito completo.
“Não pode haver duvidas sobre o voto, o voto tem que ser seguro, por isso fizemos este levantamento. Se isso for uma mancha na nossa democracia, nós temos que resolver isso agora, porque o problema é muito serio”, declarou o politico durante a transmissão.
“Em uma democracia nós temos os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e temos que viver bem, ter uma relação próxima, o não podemos é ficar com um fantasma, como vamos viver com o fantasma da eleição de 2022? Nós temos que solucionar isso e pedimos que o TSE resolva a questão, não se trata de pedir uma nova eleição”, declarou.
O documento, que é resultado de uma analise realizada por especialistas, apresentado pelo Partido Liberal ao TSE, aponta que “em todas as 279.336 urnas eletrônicas dos modelos UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015, utilizadas no Segundo Turno das Eleições Gerais de 2022” foram verificadas inconsistências.
O estudo foi feito pelo Instituto Voto Legal.
“A nossa intenção é que se cumpra a lei”, afirmou o presidente do PL aos jornalistas.
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